Muitos, Poucos, Alguns e Muito Poucos

       POESIAS & CRÔNICAS  

(Em reverência ao Teatro Mágico)

 

É notório o quanto a questão da arte, em sua essência, me atormenta. Mas para não ser repetitivo, vou pedir licença pra transcrever a letra de uma canção do Teatro Mágico sobre o assunto: “Pena”

 

“O poeta pena quando cai o pano, e o pano cai. Um sorriso por ingresso. Falta assunto, falta acesso.
Talento traduzido em cédula e a cédula tronco é a cédula mãe solteira.

O poeta pena quando cai o pano, e o pano cai. Acordes em oferta, cordel em promoção. A Prosa presa em papel de bala. Música rara em liquidação.
E quando o nó cegar deixa desatar em nós. Solta a prosa presa. A Luz acesa.
Lá se dorme um Sol em mim menor.


Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior.


O palhaço pena quando cai o pano, e o pano cai. A porcentagem e o verso, rifa, tarifa e refrão.
Talento provado em papel moeda. Poesia metamorfoseada em cifrão.

O palhaço pena quando cai o pano, e o pano cai. Meu museu em obras, obras em leilão.
Atalhos, retalhos, sobras. A matemática da arte em papel de pão.

E quando o nó cegar deixa desatar em nós. Solta a prosa presa. A luz acesa.
Já se abre um sol em mim maior.


Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior.”

 

Para os que ainda não conhecem o som que embala a poesia acima, ou a conhecem, mas a saudade pede licença, sigam o som...

 

 

Ao ser apresentado pela minha filha, ao sensacional trabalho artístico dessa trupe de Osasco, senti uma enorme simpatia e admiração pela forma como divulgam e valorizam sua arte: divulgam gratuitamente através da Internet e a valorizam através dos shows. Peguei carona na idéia e aproveitei pra me utilizar deste espaço ainda livre e democrático, neste projeto. Obrigado, Teatro Mágico. Parabéns pela espetacularidade!