(A dedicatória)
Ao encontrar uma foto da infância, numa caixa de sapatos, onde minha mãe costumava guardar as recordações da família, consegui me transportar ao dia em que a foto foi tirada. Precisamente ao momento, em que um dos meus tios, colocava um chapéu panamá, e ao encostar com a aba na parede, fazia com que, como num passe de mágica, sutilmente, o chapéu levantasse de sua cabeça, a flutuar.
No momento em que ríamos, eu e meus primos, sem percebermos, fomos fotografados.
Ao rever essa foto, onde tinha por volta de sete anos de idade, eram notórias a ingenuidade e felicidade, estampadas no rosto.
As mesmas ingenuidade e felicidade típicas de um início de namoro, quando são trocados bilhetes, fotos e juras de amor eterno.
Foi o que fiz: versos ingênuos no verso da foto, para quem viria a ser, é, e sempre será um eterno amor.
(Bola de Meia, Bola de Gude / Milton e Brant / 14 Bis)